sexta-feira, 17 de maio de 2019

3) Fazendo Juramentos


3) Fazendo Juramentos (vs. 12-13).

Outra coisa que podemos ser tentados a fazer quando se aproveitam de nós é jurar que nos vingaremos. Tiago antecipa isso e diz: “Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela Terra nem façais qualquer outro juramento” (v. 12). Nessas situações, podemos estar inclinados a pedir a Deus que julgue aqueles que nos ofenderam. Mas, como Cristãos, não somos fazer orações imprecatórias, isto é, invocar maldições e julgamentos sobre pessoas. O Senhor é o nosso exemplo nisso: “Quando padecia, não ameaçava” (1 Pe 2:23).
Nossa posição é esperar que o Senhor aja nesses assuntos. Julgamento é uma obra d’Ele, não nossa. Ele pode até corrigir algumas coisas antes do dia em que as coisas serão acertadas. Ele poderia muito bem fazer com que alguns corrigissem os erros que fizeram a nós – é Sua prerrogativa. Fazer juramentos e votos era prática comum na velha economia mosaica (Nm 30; Ec 5:4-6), mas invocar o nome de Deus, ou céu, ou Terra, no calor da paixão por razões retaliatórias contra o nosso os inimigos não é a maneira Cristã de lidar com os erros. Devemos simplesmente colocar o nosso “sim, sim” e nosso “não, não” em todas as nossas interações com os homens. Isto é, nossa palavra ao dizer “sim” ou “não” deve ser suficiente para que os homens confiem em nós, porque nosso caráter Cristão é tal que fazemos o que dizemos que vamos fazer, e não há necessidade de que reforcemos nossa palavra com juramentos.
Em vez de olhar para o céu e fazermos um juramento, Tiago nos diz que devemos olhar para o céu e “orar”. Ele diz: “Está alguém entre vocês aflito? Ore” (v. 13). Este é o verdadeiro recurso do Cristão que foi tratado injustamente. Mais uma vez, o Senhor Jesus é o nosso exemplo. Quando Ele foi maltratado, Ele “entregava-Se àqu’Ele que julga justamente” (1 Pedro 2:23).
Tiago conclui esse assunto dizendo: “Está alguém contente? Cante louvores”. Ao dizer isso, ele antecipou a fé dos santos subindo ao ponto em que eles receberiam essas coisas como vindas do Senhor em o espírito de louvor e ação de graças. Muitos santos perseguidos fizeram exatamente isso: eles se levantaram acima dos males contra eles de maneira tão significativa que realmente foram à morte cantando louvores ao Senhor! (At 5:41, 16:25, 10:34) Esta é a prova derradeira da realidade da fé de uma pessoa.
O grande ponto a ser notado em tudo isto é que Deus não é indiferente às injustiças do Seu povo. Ele lidará com tudo isso em Seu devido tempo. Enquanto isso, não devemos tomar o assunto em nossas próprias mãos e nos vingar. Devemos deixar isto ao Senhor: “Minha é a vingança, Eu retribuirei” (Rm 12:19 – TB). Até esse momento, a resposta para nós é “sofre as aflições [suporta os males – JND] em um espírito de longânime paciência (2 Tm 4:5). Isso manifesta a fé verdadeira que crê que o Senhor ajustará tudo corretamente em Seu tempo. Também praticamente manifesta o fato de que não estamos vivendo para este mundo, mas para outro mundo onde Cristo é o centro.

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