sexta-feira, 17 de maio de 2019

A Realidade da Fé Será Provada pelas Obras


A Realidade da Fé Será Provada pelas Obras

Vs. 14-26 – Isso leva Tiago a falar da necessidade de testar a profissão de um homem. Evidentemente, havia uma multidão mista de irmãos judeus a quem ele escrevia, que era composta de meros Cristãos professos. Eles tinham feito uma profissão de serem crentes no Senhor Jesus Cristo, mas havia pouca ou nenhuma evidência disso em suas vidas. Não é de se admirar por que eles não teriam remorso em agir sobre linhas carnais e mundanas para cortejar os favores dos ricos e desdenhar os pobres.
Na última parte do capítulo, Tiago faz uma série de perguntas que testariam a realidade da fé de uma pessoa. Três vezes nos versos 14-18, ele diz: “Se alguém disser ... e “Se um de vós lhe disser ... e “Mas dirá alguém ... O ponto aqui é que uma pessoa pode fazer uma profissão de ter fé e “dizer” que é um crente, mas a realidade de sua declaração deve ser provada por “obras”. Isso é indicado pelas expressões “mostre-me” e “veja” nos versos 18, 22 e 24. Não podemos ver a fé de uma pessoa, assim como não podemos ver o vento, mas podemos ver a evidência do vento nos efeitos que ele causa ao soprar as coisas. Da mesma forma, a fé verdadeira se evidenciará em resultados observáveis.
Vs. 14-17 – Tiago pergunta: “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras?” De maneira muito simples, ele insiste em que “obras” sejam mostradas na vida de um crente para evidenciar a sua fé. Fé e obras devem andar juntas. Por isso, ele chama os crentes para mostrar sua fé em suas vidas cotidianas. O cenário hipotético que ele usa para enfatizar seu ponto é o assunto já em discussão – o tratamento de outros. Se “o irmão ou a irmã” está precisando de roupas e comida, e nós não oferecemos ajuda prática, mas apenas damos algumas palavras vazias de encorajamento, não estamos mostrando as características de alguém que tem fé. Tiago pergunta: “Porventura a fé pode salvá-lo?” (v. 14). Isto é, “Esse tipo de fé pode salvar uma pessoa?” A resposta é: “Não!” Tal fé é comprovada ser sem valor; é apenas uma profissão vazia. A prática normal do Cristianismo não é apenas ter cortesia para com todos, mas também ter compaixão por todos. No entanto, no caso da pessoa de quem Tiago fala, fica claro que a fé dessa pessoa, quando testada, prova estar “morta” (v. 17).
Vs. 18-20 – Tiago então contrasta esses dois tipos de fé para nós. Ele diz: “mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”. A verdadeira fé é uma coisa viva que se manifesta em obras. Esse tipo de fé distingue-se do tipo de fé morta que consiste apenas na aceitação de certos fatos sobre Deus, sem que o coração seja submetido ao poder desses fatos. Ele diz: “Tu crês que há um só Deus: fazes bem”. No entanto, a verdadeira fé é mais do que apenas um consentimento intelectual aos fatos sobre Deus. Para provar isso, ele diz: “Também os demônios o creem” nesses fatos, mas isso não mudou nada para eles; eles “creem”, mas eles também “tremem”. Tiago, portanto, volta à sua conclusão anterior e diz: “a fé sem as obras é morta”.
Isso nos leva a uma pergunta profunda mas muito prática: “Se as autoridades dessas terras se voltassem contra a prática do Cristianismo e começassem a aprisionar os Cristãos, haveria provas suficientes em nossas vidas para nos convencer de nossa fé?” O Senhor ensinou que é perfeitamente possível esconder nossa “candeia” (nosso testemunho pessoal) “em um lugar oculto” e, consequentemente, ninguém a veria (Lc 11:33). O Senhor disse que deveríamos colocar nossa candeia “no velador” para que todos possam ver. Ele disse: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5:16).

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