sexta-feira, 17 de maio de 2019

O Pecado da Parcialidade


O Pecado da Parcialidade

V. 1 – A “acepção de pessoas” (parcialidade) é ter um indevido respeito ou desrespeito a certas pessoas por razões de segundas intenções. Tiago começa afirmando que os Cristãos não devem ter esse tipo de coisa para com as pessoas na sociedade, nem deve ser encontrado no círculo Cristão, porque é totalmente inconsistente com aqueles que professam conhecer “nosso Senhor Jesus Cristo” como seu Salvador.
Essa atitude e prática não estavam entre os crentes judeus nos primeiros dias do testemunho Cristão, quando todos estavam cheios do Espírito Santo. Atos 2:44-45 diz: “E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e fazendas, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister [segundo a necessidade de cada um – ARA]. E novamente Atos 4:34-35 diz: “Não havia pois entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se por cada um, segundo a necessidade que cada um tinha”. No entanto, não demorou muito para que alguns deles começassem a acusar os outros de terem um respeito à pessoas, excluindo outros. Atos 6:1 diz: “Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos helenistas (judeus gregos) contra os hebreus, porque as viúvas daqueles estavam sendo esquecidas na distribuição” (AIBB). Este espírito é algo que temos que vigiar hoje no Cristianismo, pois cria ressentimentos e derruba a unidade prática que deve existir entre os santos.
As posses materiais e o status social de uma pessoa não são um indicador para determinar sua espiritualidade e fidelidade no Cristianismo. Isso ocorre porque o princípio básico do discipulado é que damos tudo por Cristo e pela causa do evangelho (Mc 10:21, 28-30). Se uma pessoa deixa de lado suas posses terrenas para a causa de Cristo, ele pode muito bem entrar em uma situação financeiramente deprimida (2 Co 8:2-3). Além disso, sob a perseguição que os Cristãos estavam enfrentando naquele dia, as posses terrenas de uma pessoa podiam ser tiradas dele injustamente (Hb 10:34). Circunstâncias que poderiam se desenvolver de tais coisas na vida de uma pessoa não são um resultado dele ser infiel ou rebelde em relação a Deus, mas porque ele tem sido fiel nas coisas de Deus. Por isso, é grosseiramente injusto julgar alguém no Cristianismo com base em suas posses materiais ou na falta delas. E, mesmo que um Cristão não andasse tão intimamente ao Senhor quanto pudesse e deveria, isso não significa que devamos tratá-lo com distanciamento; devemos nos aproximar dele e levá-lo a um andar mais próximo com o Senhor.
O favoritismo pode se manifestar de muitas maneiras entre o povo do Senhor. Podemos, sem querer, classificar os Cristãos quanto ao que achamos que sua importância seja no corpo de Cristo, e depois tratá-los de acordo com isso. O apóstolo Paulo ensinou que, como cada membro do corpo humano é necessário aos outros membros do corpo, da mesma forma devemos tratar cada membro do corpo de Cristo com o mesmo respeito e honra. Precisamos uns dos outros – mesmo que uma pessoa seja um membro aparentemente insignificante no corpo de Cristo (1 Co 12:23-24). Em outro lugar, ele disse: “cada um considere os outros superiores a si mesmo” (Fp 2:3). Uma pergunta que podemos nos fazer é: “Julgamos e categorizamos as pessoas de acordo com sua aparência, ou pelo que pensamos de sua espiritualidade, ou por algum outro critério – e depois as tratamos de acordo com nossa avaliação?”

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