sexta-feira, 17 de maio de 2019

O Necessário Estado de Alma para Enfrentar os Três Inimigos do Cristão


O Necessário Estado de Alma para Enfrentar os Três Inimigos do Cristão

Vs. 8b-10 – A linguagem que Tiago usa nos próximos versículos nos mostra que ele estava se dirigindo a uma ampla esfera de indivíduos – incluindo aqueles que eram meros crentes professos. Era verdadeiramente uma multidão mista. A atividade desses três inimigos de Deus e do homem, se deixados sem controle na vida de um crente, o levará longe de Deus, moral e espiritualmente. Ele não perderia a salvação eterna de sua alma, mas seu desfrute de comunhão com o Senhor seria perdido. Sua vida pode ficar tão carnal e mundana que pode ser difícil saber se ele é verdadeiramente salvo. Para o mero crente professo, esses inimigos trabalharão para evitar que ele seja salvo (Ef 2:1-3).
Se esses inimigos devem ser vencidos, a pessoa precisa ser encontrada em um estado adequado de alma. Tiago, portanto, diz: “Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações”. Este é um chamado ao arrependimento. Isso mostra que aqueles a quem ele estava escrevendo estavam em um estado pobre no geral. Os versos 1-3 confirmam isso. Para aqueles que eram crentes, o arrependimento os levaria a uma restauração de alma e de comunhão com Deus (1 Jo 1:9). Para aqueles que eram meros crentes professos sem realidade interior, seria arrependimento que levaria à salvação de suas almas. Em ambos os casos, arrependimento e julgamento próprio eram necessários para que fossem trazidos à comunhão com Deus. Limpar as mãos implica separar-se das poluições do mundo. Purificar o coração implicaria em julgar a atividade da carne interior. Um é exterior e o outro é interior (veja também 2 Coríntios 6:14-7:1). Tal limpeza e purificação só poderia ser possível por meio da tristeza piedosa que leva ao arrependimento. Por isso, Tiago diz: “Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai” (v. 9). Ele acrescenta: “converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza”. Esta última observação mostra que precisamos levar a sério essas coisas na presença de Deus.
O resultado prometido é doce de fato. Ele diz: “Humilhai-vos perante o Senhor, e Ele vos exaltará” (v. 10). Se um crente realmente se humilha na presença de Deus sobre seu andar descuidado, a restauração é prometida – há sempre um caminho de volta para Deus. Deus é fiel; quando reconhecemos nosso fracasso, Ele nos levanta e nos restaura a comunhão Consigo mesmo (1 Jo 1:9). Humilhar-se em verdadeiro julgamento próprio é escrito no tempo verbal aoristo no grego; significa que isso deve ser feito de uma vez por todas. Portanto, deve haver uma convicção profunda e séria em nosso julgamento próprio para nos afastarmos do erro de nosso caminho – de uma vez por todas.
Se uma pessoa fosse um simples crente professo – o que alguns deles evidentemente eram – ela manifestaria isso não atendendo à repreensão, e continuando em seus caminhos carnais e mundanos. Assim, ela provaria que não tinha fé em nosso Senhor Jesus Cristo.

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